segunda-feira, 29 de junho de 2009
Sonzinho Bom
Gente :)
O motivo desse post é muito especial. É pra compartilhar duas músicas lindas que amigos meus produziram.
A primeira é "A Um Passarim", letra bonita feita pelo Marcelo Grillo baseada no meu poema homônimo. A melodia base também é dele, e foi trabalhada com muito carinho pelos músicos e cantora (e amigos) Alessandra Biato, Junim D'Paula e Amélia Barreto. A voz primorosa quem empresta é a própria Amelinha.
A segunda é Presente, musicado na íntegra pelo Junim. É um sambinha espirituoso, resposta ao Pingüim de Vinícius de Moraes.
Como não consegui ainda achar um player que funcione por mais de um mês por aqui, vou deixar o link da minha página no Encuca, onde as músicas podem ser ouvidas na íntegra. É só descer um pouco a barra de rolagem e olhar no lado esquerdo. Elas estão lá :)
Quero pontuar aqui todo meu carinho e admiração por esses meus amigos artistas. Obrigada sempre pelo apoio, pelo abraço através de braços e atos.
Seguem abaixo fichas técnicas:
A Um Passarim
Voz - Amélia Barretto
Piano - Marcelo Biato
Violão - Alessandra Biato
Baixo - Fábio Coelho
Programação de bateria - Fábio Coelho
Presente
Voz - João de Paula Junior e Alessandra Biato
Violão - Alessandra Biato
Violino - João de Paula Junior
Chocalho - Alessandra Biato
Moringa - Fábio Coelho
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quarta-feira, 17 de junho de 2009
Bolero
Em nossas caras sãs
O que vejo é isso:
Você segue muito bem
E eu tampouco lhe preciso.
E esse é um ponto pacífico
Em todas as amplas dizências
De comum acordo
De paz mesmo
De oceano de transparências
Nas coisas que se sabem sem esforço.
Daí é um sossego
Uma delícia de desapego
Melhoro da vista e do juízo
Uns bons graus antes perdidos
Vivo espaçosa em mim mesma
Num vai e vem de liberdades
Acendendo idéias
Ordenando fatos
Limpando uns cantos empoeirados
Tomo decisões num átimo
Planejo, ouso, arrisco
Enfim, o máximo.
Mas se acontece de você pousar
Essas órbitas sonsas sobre mim
É o fim.
Fico em evidente perigo
Por dentro reverbera um bolero
Brota-me uma rosa entre os cabelos
Túrgida de uma antítese infantil
Vermelha e sem mistério:
É que eu não preciso
Mas quero.
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(tela de Matisse - Odalisque)
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