A gente bem que tenta
A gente até inventa
Mas não consegue caber no tempo
A contento.
Ficam sempre umas arestas
Umas sobras de sentimento
Fica um querer de mais vento
De ponteiro andando lento
De esticar as horas
Feito fuso mudando constantemente
Feito semente
Que enrola de preguiça de brotar.
Quando voltar
Chega de nossas coisas cheias de dobras
Pra caber em espaço pouco
Vamos ali tirar a prova
De que o tempo pode parar:
É só a gente sair seis pras sete
E ir indo com qualquer vento oeste
E garanto que hora nenhuma
Vai inventar de passar.
E se alguém decidir ligar, preocupado
No meio da nossa décima segunda noitinha
É só acalmar o chato
O pobre desavisado:
“Aqui é de Tóquio e ainda são sete.
Aliás, seis e cinqüenta e quatro.”
A gente até inventa
Mas não consegue caber no tempo
A contento.
Ficam sempre umas arestas
Umas sobras de sentimento
Fica um querer de mais vento
De ponteiro andando lento
De esticar as horas
Feito fuso mudando constantemente
Feito semente
Que enrola de preguiça de brotar.
Quando voltar
Chega de nossas coisas cheias de dobras
Pra caber em espaço pouco
Vamos ali tirar a prova
De que o tempo pode parar:
É só a gente sair seis pras sete
E ir indo com qualquer vento oeste
E garanto que hora nenhuma
Vai inventar de passar.
E se alguém decidir ligar, preocupado
No meio da nossa décima segunda noitinha
É só acalmar o chato
O pobre desavisado:
“Aqui é de Tóquio e ainda são sete.
Aliás, seis e cinqüenta e quatro.”
8 comentários:
tava pensando mesmo no tempo ultimamente, parece que num cabe nele minha vontade de fazer as coisas boas, quando tô fazendo algo que valha... acaba o tempo!
;/
mas vamos ver se eu consigo fazer caber tudo que eu quero nele.
;*
Lindo seu texto, lindo mesmo.
Obrigado pelo link aqui, o seu está lá no blog também.
Boa quarta.
Oi, Milena Sumida e, agora, aparecida. :)
Será que é sina dos que amam as letras o desejar traçá-las, manipulá-las, jogá-las nas folhas, nas telas, ao vento, ao outro?
Não sei, mas estou achando legal esta minha pseudo coragem de, em escritos, usar verbos alinhados, expor sentimentos que muitos julgam serem meus. ;) Vê-la aqui, neste mundo blogueiro, não digo que seja uma surpresa, mas um agradável encontro não esperado.
Dia 25 de julho está chegando. Vitória nunca mais será a msm depois q excers de norte a sul do Brasil aportarem aqui para ver Mulder e Scully em mais uma de suas aventuras. :)
bjs
Chega de nossas coisas cheias de dobras... das faltas, das sobras...
Vamos ali tirar a prova
De que o tempo pode parar:
Essa prova existe: são os solstícios e equinócios de inverno e verão. Qualquer hora te mostro minha crônica "Juno, minha deusa"... se quiseres, é claro...
Tu és muito boa, guria!
Passo o meu tempo comendo um passatempo. Cadê a cerveja? Tá passando "um tempo" esvaziando o copo que tá caindo da mesa...
Contamos com sua participação na Revista Cachoeiro Cult. Será uma honra!
E fica o sonho de viajar ao redor da Terra seguindo seu movimento de rotação... de estar sempre na mesma hora, de parar o tempo e, quem sabe, nunca envelhecer...
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