sexta-feira, 9 de maio de 2008

(M)ar



Mar
Começa com eme
De molhado
De maravilhoso
De minha-santa-iemanjá
Por propósitos semânticos óbvios.
Tudo fantasia
Explico já:
No fundo é ar
De tez verde, azul, fria
E de alma difícil
Que ninguém aprendeu a respirar.
Ele se sabe essencial, mas se disfarça
Em água não potável, não lavável,
Por vezes nada amável
Pouco afável
Ao surfe dos meninos, aos castelinhos à beira-mar
À mocinha distraída na cadeira listrada retrátil,
Que toma um belo banho, sem esperar.
É medo dele, desse ar indomável
É orgulho mesmo
Vontade de guardar segredo
De ser impermeável
Sem o ser.
É querer se esconder,
De tanto aparecer.

6 comentários:

Daniela Parajara disse...

o mar é outro mundo dentro do nosso mundo.
sempre fico olhando pra ele, imaginando a imensidão que tem, a quantidade de seres que nele se escondem.
o mar é uma das coisas mais bonitas da natureza, pelo menos pra mim.

tem até estrelinhas caídas do céu que vão nele morar.

beijo pra você estrela da terra ;*

Blog Clarice Lispector disse...

No fundo é ar
De tez verde, azul, fria
E de alma difícil
Que ninguém aprendeu a respirar.

Lindos versos, lindo poema.

Kamila Zanetti disse...

De tez verde, azul, fria
E de alma difícil


gostei disso

gabriel ramos disse...

Suas poesias me comovem muito.
Amo-as todas que nem sei como posso presentar isso a você.

Anônimo disse...

olá moça...
parabéns pela poesia, ou melhor, pelas poesias, não sabia desse seu amor pelas paravras e, sinceramente, te congratulo...
grande bjo, lerei as demais e com certeza adorarei!
Giu

Renata Mofatti disse...

E com ele aprendemos que o que vai dá pra voltar, mesmo que tenhamos que apelar para Iemanjá.