Alamanda fora do galho, se tiver botão desenganado na haste, ponha em copo de geléia com dois dedos de água. Deixe sobre uma toalha de renda e não fale muito em volta. Quase esqueça. A flor amarronzece, se acanha e a corola cai. É ignorar, que logo o botão sente ímpetos, se espreguiça no silêncio, acaba abre: pétalas. Ternura hasteia suas bandeiras o dia inteiro no enquanto isso das pessoas. Vide borboletas do manacá desempupando, besouros de esterco trabalhando, a arquitetura das sementes de cipó.
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3 comentários:
Ai Mi,tão lindo.
não tenho palavras delicadas pra expressar,rs :)
beijos!
Receita branca de ver o virar. Livro grande morando no copo de flor do canto... Me lembrou um lenço que vi numa loja com uns desenhos de gente nascendo e morrendo de maneira muito bonita.
Gostei! Achei novo, não sabia dessas gavetas. Dos mais bonitos.
Ora, ora, e eu que fiz Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas não sabia dessas delicadezas das alamandas, nem da sua condição de Doutora. Nessa condição, a flor é moribunda. Silêncio e água fazem sempre bem. Dão sobrevida. Também assim é o amor. Mas nesse sou apenas aprendiz. Muito, muito lindo, guria. Denso, muito denso, eu diria.
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